PSD abandona Assembleia Municipal
O episódio ocorreu durante a última Assembleia Municipal depois da deputada da CDU, Cristina Moura, ter aplicado o termo “inépcia” às intervenções das bancas da oposição
A noite fria de quinta-feira, 14 de dezembro, aqueceu rapidamente o auditório da Biblioteca Municipal de Palmela, quando decorria a Assembleia Municipal marcada pelo presidente, Carlos de Sousa, para debater e votar o Orçamento Municipal para 2024.A sessão ficou marcada com as declarações da deputada municipal, Cristina Moura (CDU) ao adjetivar com o termo “inépcia” as intervenções das restantes bancadas, quando discutiam o documento apresentado pelo executivo e com um conteúdo mais do mesmo.
Eu posso contrapor com a palavra inépcia
A deputada da CDU começou a sua intervenção: “Eu ouvi atentamente todas as bancadas e houve uma palavra que me suscitou porosidade, foi inércia. Todos disseram de uma forma ou de outra, ressalvaram, portanto, a questão da inércia do município nas propostas apresentadas e na falta de visibilidade, eu posso contrapor com a palavra inépcia, que é a incapacidade de ver”, prosseguindo “De ver aquilo que está que é visível.”, disse. Carlos Vitorino (PSD) pediu a palavra e desafiou a deputada da CDU a retratar-se daquela que considera ter sido uma “ofensa” e a repensar o sentido do termo, todavia Cristina Moura manteve a sua intervenção, apresentando apenas um pedido desculpa.A troca de “galhardetes” terminou com a intervenção do presidente da Assembleia Municipal, que não deu a palavra ao deputado Carlos Vitorino. A decisão de José Carlos de Sousa, fez com que os deputados do PSD e vereador presentes na sala, abandonassem a sessão após terem votado contra ao orçamento municipal.O líder social-democrata informou aos microfones da mesa a sua decisão e a seguir saiu da sala acompanhado pelos restantes autarcas.