Atualidade
Em Destaque

Tarifas da AMARSUL disparam: Municípios da Região de Setúbal exigem intervenção urgente do Estado

Os municípios da Região de Setúbal alertam para tarifas “insuportáveis” da AMARSUL, que subiram de 23,72 euros para 77,04 euros por tonelada de resíduos desde 2015. Autarcas exigem intervenção do Estado para resolver ineficiências e evitar colapso no sistema de gestão de resíduos.

Os municípios da Região de Setúbal estão em alerta máximo devido ao aumento “insuportável” das tarifas da AMARSUL, empresa responsável pela gestão de resíduos na região. Desde 2015, o custo por tonelada de resíduos subiu de 23,72 euros para 77,04 euros em 2024, um aumento de 225%. Esta situação levou os autarcas a reunirem-se com o Secretário de Estado do Ambiente para exigir medidas urgentes.

A delegação, composta pelos presidentes das câmaras de Setúbal (André Martins), Seixal (Paulo Silva) e Montijo (Maria Clara Silva), apresentou um estudo que revela ineficiências graves na gestão da AMARSUL. Segundo os autarcas, estas falhas contribuem para o aumento descontrolado das tarifas, sem que haja uma melhoria correspondente na qualidade do serviço.

“A situação é insustentável para os municípios e para os munícipes”, afirmou André Martins, presidente da Câmara de Setúbal. O estudo aponta que, se as ineficiências fossem corrigidas, as tarifas poderiam ser reduzidas significativamente. No entanto, a AMARSUL não acompanha o investimento feito pelos municípios em áreas como a monitorização de ecopontos e a recolha porta-a-porta, o que agrava o problema.

Outro ponto crítico destacado na reunião foi o aumento do material depositado em aterro, que continua a crescer devido à falta de alternativas eficientes. Paulo Silva, presidente da Câmara do Seixal, alertou que o aterro da região atinge o seu limite. “Temos de investir rapidamente em soluções que reduzam os resíduos enviados para aterro”, afirmou.

Taxa de Gestão de Resíduos, que já ultrapassa os 30 euros por tonelada, foi outro tema abordado. Os autarcas criticaram o facto de esta penalização ser refletida exclusivamente nos preços pagos pelos municípios, sem que a AMARSUL tenha incentivos para mudar o paradigma do depósito em aterro.

O Secretário de Estado do Ambiente reconheceu a gravidade do problema, afirmando que “esta não é uma questão exclusiva da Península de Setúbal”. No entanto, sublinhou que a dimensão do desafio exige medidas urgentes e financiamento adequado para evitar o colapso do sistema.

Com tarifas a subir e serviços a piorar, os municípios da Região de Setúbal esperam que o Estado intervenha rapidamente para travar esta crise. A situação atual é insustentável e exige ações concretas para proteger os contribuintes e o ambiente.

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo