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Encerramento de urgências obstétricas em Setúbal preocupa Bloco de Esquerda

O Bloco de Esquerda denunciou a suspensão dos serviços de urgência de obstetrícia em Setúbal, considerando a medida uma ameaça séria à saúde pública no distrito.

O Bloco de Esquerda criticou duramente esta sexta-feira a decisão de encerrar temporariamente os serviços de urgência de obstetrícia em Setúbal, alegando que a ação coloca em risco a vida de milhares de mulheres e recém-nascidos. Para o partido, a medida é inaceitável num distrito onde, diariamente, 14 bebés vêm ao mundo.

Segundo o Bloco, a falta de planeamento do governo é evidente e prejudicial. As urgências de ginecologia e obstetrícia na margem sul registaram, em dezembro de 2023, mais de 2.300 atendimentos, evidenciando a necessidade constante desses serviços.

O partido aponta que, sem um plano de emergência adequado, o encerramento dos serviços é uma irresponsabilidade que agrava a precariedade já existente na saúde da região. A ausência de respostas eficazes para o problema é, para o Bloco, uma falha grave do governo.

Para o Bloco de Esquerda, a resolução deste problema passa por um investimento sólido nos recursos humanos e na infraestrutura dos hospitais da região. A falta de valorização dos profissionais tem sido um fator decisivo para a saída de médicos e a deterioração dos serviços.

O Bloco também salienta que a saúde materna deve ser tratada com o máximo de seriedade e atenção. O partido reitera o seu compromisso com as famílias da Península de Setúbal e exige que medidas imediatas sejam tomadas para garantir a continuidade dos serviços de obstetrícia.

Finalizando, o Bloco de Esquerda chama a atenção para a urgência de um debate político sobre a saúde pública no distrito, destacando que o bem-estar das mulheres e das famílias não pode ser negligenciado.

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