Sr. Correia explica o “verdadeiro” antigo significado do que era uma “Comadre”
Sentado, na calma que caracteriza a atual vivência do Sr. António Correia, à semelhança do que o Jornal Concelho de Palmela já deu a conhecer, o ouvimos várias histórias que percorreram décadas e épocas diferentes, com vários governos e desgovernos, por Portugal – mas, falemos, em específico, de Palmela.
O Sr. Correia, com a voz sábia, disse que não são só as mães dos casados que ganham esse título, pois “na linguagem antiga, Comadre significa mais do que isso”. “Eram as senhoras que ajudavam as parteiras no nascimento de uma criança”, pessoas “do povo”, mas com “uma experiência extraordinária”. Existiu uma comadre na vila que ajudou “a nascer meia Palmela”, da qual o Sr. António não se lembra o nome, mas que sabe da existência “de um livrinho onde ela fazia o registo de todos os bebés que ajudava a nascer” – inclusive Álvaro Cardoso, filho de Humberto Cardoso, o fundador do Cineteatro S. João.
“Era uma mulher muito crítica e avançada para o seu tempo”, concluiu o Sr. Correia, deixando a vontade de saber mais sobre esta senhora e de escrever uma crónica sobre o tema, e sobre ela, que é uma figura icónica e relembrada pela população, tal como o Sr. António é e será, no presente mais próximo e no futuro mais longínquo.
