Saúde

“Soluções pontuais não resolvem problema permanente”

Presidentes das autarquias da Arrábida denunciam situação do CHS e ameaçam ir para a porta do Ministério da Saúde

Não são recentes os problemas das urgências no Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), mas neste caso concreto, falamos do encerramento das urgências pediátricas durante 1 semana.

Os presidentes de Setúbal, Palmela e Sesimbra, na tarde desta sexta-feira, dia 9 de dezembro, deixaram claro que, caso não tenham resposta do Ministro da Saúde quanto ao pedido de reunião urgente [pedido esta terça-feira, 6 de dezembro, pelas autarquias] até domingo à tarde, a manhã de segunda-feira será guardara para ir rumo a Lisboa, com destino às portas do ministério: “para sermos recebidos e termos essa reunião ou, eventualmente, agendarmos uma data”.

O presidente da autarquia sadina, André Martins, ressalvou ainda o prolongar temporal deste problema no CHS, que afeta cerca de “300 mil utentes”, entre quem mora nos municípios da Arrábida, e quem usufrui dos serviços de saúde do Hospital S. Bernardo, e mora no litoral alentejano.

Esta situação deve-se, para os autarcas, a uma “evidente falta de profissionais, de um quadro estabilizado de serviço no Centro Hospitalar de Setúbal”.

“A resposta que hoje nos dão é de que vão resolver os problemas com a contratação de mais um tarefeiro [profissionais contratados pontualmente para assegurar serviços necessários] para cada um dos serviços que estão em dificuldades. Isto não é caminho”, desabafa o presidente do município sadino.

Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, reforça os fechos contínuos e repetitivos das urgências e especialidades no CHP, que diz serem “demasiado recorrentes” e que afetam a uma escala enorme toda a população dos concelhos lesados.

Num comunicado enviado no início desta semana, os presidentes ressalvam que esta é uma situação generalizada, com uma falência por todo o SNS – Serviço Nacional de Saúde, que é “evidente através dos “baixos níveis salariais, nas deficientes condições de trabalho e na estagnação da evolução das carreiras”.

Os municípios consideram “incompreensível a falta de integração de cuidados entre o CHS e o ACES Arrábida, que agrupa os serviços de cuidados de saúde primários”.

À saída de um Conselho de ministros da Saúde da União Europeia, em Bruxelas, o Ministro da Saúde, Manuel Pizzarro, disse que assim que chegasse o convite, aceitaria e marcaria a reunião: “Seguramente que sim. Eu tenho recebido todas as pessoas, grupos profissionais e presidentes de Câmara que queiram falar comigo”.

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