Pinheiro Ramudo na mira da PJ

São várias as famílias que estão a ver os seus sonhos a serem destruídos por um esquema que os lesou em 8 milhões de euros que ao longo de vários anos foram entregues a uma comissão gestora da AUGI (Áreas Urbanas de Génese Ilegal) de Pinheiro Ramudo, na freguesia de Quinta do Anjo, no concelho de Palmela, e que nunca legalizou essa AUGI nas entidades competentes, como a Câmara de Palmela.

São cerca de 84 hectares e mais de 600 proprietários que esperam e desesperam para verem os seus terrenos legalizados e que há mais de duas décadas o sonhos de muitas famílias acabou por cair por terra. O dinheiro que davam à comissão todos os meses, nunca chegou a ser utilizados para legalizar os terrenos, nem fazer as infraestruturas necessárias, como a rede de esgotos, água, eletricidade e estradas.

A maioria das estradas da AUGI são em terra batida e os moradores que arriscaram construir as suas moradias, continuam sem conseguir ligar-se à rede de águas e eletricidade. Houve proprietários que já investiram em painéis solares e outros governam-se com geradores, mas as hipóteses financeiras de outros não chega, porque investiram todas as suas economias naquele espaço que acreditavam ser, um dia, uma urbanização e que nunca passou de uma ilusão. Houve proprietários que viram recentemente as suas contas congeladas depois de não pagar mais à comissão, o que levou a que essa comissão ativasse ações judiciais. Atualmente a comissão está sob investigação da PJ.