Cultura

Palmela convidada a conhecer os Castros do Norte de Portugal (c/fotos)

Uma experiência imersiva permitiu conhecer mais acerca da cultura castreja e das escavações feitas nos antigos núcleos habitacionais

O castelo permite, nos atuais tempos contemporâneos, saltar com a nossa imaginação e com o conhecimento que se tem de causas e feitos passados, ao que era a civilização no passar dos séculos. Palmela tem na sua génese e na sua história uma incontornável ligação a este monumento fortificado.

A importância de tal estrutura alastra-se até à necessidade de ser criado um dia dedicado aos castelos, e, por sua vez, celebrado também no município. Assim, nos dias 21, 22 e 23 de outubro, decorreu o Curso do Dia dos Castelos, em Palmela, cujo tema foi “Castros do Norte de Portugal”, com o evento a cargo do Professor Doutor Francisco Reimão Queiroga, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Na sexta-feira, dia 21 de outubro, decorreu no Cineteatro S. João uma parte teórica do curso, cujo mote centrou-se na cultura castreja e em todas as dimensões e áreas inerentes a este “mundo” de descobertas arqueológicas, que ajudam a desvendar o território de várias regiões portuguesas, com Palmela a ser um ponto de descoberta com o Castro de Chibanes.

O fim-de-semana de 22 e 23 de outubro ficou reservado para uma visita de estudo até ao Norte de Portugal, para se conhecerem o Castro de S. Lourenço (Esposende), a Citânia de Sanfins (Paços de Ferreira) e o Castro de Monte Mozinho (Penafiel).

Nesta viagem, que contou com cerca de 35 participantes, para além do professor Queiroga, embarcaram Isabel Fernandes, responsável pelo Gabinete de Estudos sobre a Ordem de Santiago, e Anabela Tavares, do Departamento do Património Cultural do Município de Palmela.

As condições meteorológicas foram o grande inimigo desta longa viagem, com vento forte e chuva abundante a atrapalhar os planos de quem delineou um fim-de-semana com visitas ao ar livre. A primeira visita foi ao Castro de S. Lourenço (Vila Chã, Esposende).

A noite foi passada em Guimarães e, ao contrário do programa, a manhã de domingo também, dada a chuva que insistia em aparecer e permanecer, com força. Assim, em plano alternativo, visitou-se o Castelo de Guimarães e o Paço dos Duques.

Após o almoço, e com algum cansaço que emanava de comentários que se ouviam no ar, a última visita foi realizada, depois de não se ter conseguido visitar a Citânia de Sanfins (Paços de Ferreira), o Castro de Monte Mozinho, em Penafiel.

Regressou-se a Palmela, com a metáfora deste fim-de-semana a ser resumida com “um puzzle completo, que foi destruído. O trabalho consistiu em procurar as peças certas e encaixá-las novamente”.

O espírito de alegria e camaradagem, a resiliência, compreensão e aceitação estiveram patentes, não só pelo respeito ao trabalho dos organizadores de todo o evento, mas certamente pelo interesse em saber mais e descobrir pormenores de algo familiar que se envolve intimamente com a história da vila de Palmela.

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