Sociedade

Círio em Honra da Nossa Senhora do Cabo Espichel cumpre mais um ano de tradição

O Círio em Honra da Nossa Senhora do Cabo Espichel, iniciativa organizada pela Sociedade Filarmónica Humanitária, vai realizar-se no dia 15 de agosto, no cumprir da tradição centenária.

Amanhã, dia 13 de agosto, Palmela acolhe a imagem de Nossa Senhora e o Cavalinho sai à rua para a recolha das bandeiras. Às 21h, acontecerá a reza do terço.  

No dia 15, os peregrinos iniciam a romaria noturna, com saída de Palmela em direção ao Cabo Espichel. Às 11h, a oferenda do Círio é dada a Nossa Senhora, com uma nova reza do terço. Às 14h, decorrerá os Batismos no Cruzeiro.

Às 16h inicia-se a missa, seguida de procissão e a conclusão da celebração é feita com a arrematação das bandeiras e imagem da Nossa Senhora do Cabo Espichel.

Ana Felício, presidente da Sociedade Filarmónica Humanitária, disse ao Jornal Concelho de Palmela que “todos os sócios e amigos que queiram participar” fazem a peregrinação, numa tradição com mais de 300 anos, remetendo a 1672 – mais antiga ainda do que o acolhimento do culto peregrino pela sociedade, que acontece desde 1822.

“É uma das atividades que fazem parte da nossa tradição e que temos todo o gosto em continuar. Tentamos sempre motivar as gerações mais novas a prosseguir com esta iniciativa que faz parte da nossa história”, afirma a presidente.

Esta devoção contempla todas as faixas etárias, desde os netos aos avós, incluindo os membros mais jovens do Cavalinho, que “amanhã vai passar pelas ruas de Palmela e também pararão em algumas casas das pessoas que têm as bandeiras e que manifestaram vontade do Cavalinho tocar nas suas habitações”.

A presidente deixa ainda a nota de que estes momentos são de “oração, mas também de convívio, partilha, amizade, reflexão e partilha”.

O que liga Palmela ao Cabo Espichel, segundo Ana Felício, e “provas documentais” a que se tem acesso, é o simbolismo de um “pedido de proteção à Nossa Senhora do Cabo Espichel para alguns dos eventos que na altura assolaram a zona”, aquando do início desta tradição da peregrinação ao santuário, que começou no século XVII.

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