A Fénix nem sempre voa. Aqui, brota do chão (C/VÍDEO)
Replantação da encosta do Castelo de Palmela já começou.
A missão está oficialmente iniciada, embora no centro do coração e de toda a emoção o cenário idílico era que não fosse necessário ter sequer começado. Mas começou, e ao longo de cerca de 14 hectares [que não colmatam os mais de 400 ardidos a 13 de julho] vários voluntários, de diferentes nações, unem-se num objetivo comum – plantar árvores, entre sobreiros e outras espécies existentes na encosta do Castelo de Palmela, para voltar a trazer vida e cor ao que ardeu e morreu.
A fénix, um pássaro da mitologia grega, é conhecida por, à beira da morte, entrar em combustão e arder – depois, renasce das próprias cinzas. A analogia, neste caso, remonta para a preocupação, necessidade e vontade dos lesados começaram a agir e a fazerem renascer o que foi perdido pela devastação do incêndio.
Durante os fins-de-semana, até janeiro, todos os que se queiram juntar, a partir das 9h da manhã, podem fazê-lo. O ponto de encontro é “a frente do Café Duque, em Palmela”, informa André Amaro, o grande impulsionador e organizador [que é também dono do terreno] de toda esta iniciativa, em conjunto com o seu sócio, Maarten Baas.
“Venham. Daqui a 20 anos podem mostrar aos vossos netos e netas o que estiveram a fazer naquele fim-de-semana”, ressalva André.
O pássaro mitológico que é a Fénix renasce sozinho… aqui, a ajuda é necessária e pedida, porque o trabalho é de equipa e o que vai brotar do chão terá sido pelo que foi empregue e surgiu de cada mão.