Cultura

Terra Mãe de Vinhos: Adega de Palmela leva a viagem imersiva no conhecimento da vindima

O Jornal Concelho de Palmela acompanhou de perto todo o processo da vindima – da colheita ao copo.

A uva, a vinha e o vinho. A casta, o sabor e o aroma. Tinto, branco, rosé ou moscatel. De entre a variedade, Palmela tem em comum as raízes profundamente ligadas à vida vitivinícola, que transparece na tradição e na cultura de todo o concelho.

Numa visita guiada oferecida pela Adega de Palmela, em parceira com Moment’s Lounge/Moment’s in Nature, ficou a conhecer-se todo o processo do vinho – desde a colheita até ao copo. Entre os longos e vastos campos de vinha, e durante os próximos dias 7, 14, 21 e 28 de setembro, poderá usufruir-se de uma experiência enriquecedora e dinamicamente conhecedora desta época de vindima.

A receção é feita por Teresa Grilo, responsável pelo enoturismo na Adega de Palmela, que tem na sua mente toda a enciclopédia relacionada com a vida vínica e guia toda a viagem deste conhecido “manjar dos deuses” com visível amor por cada palavra de explicação.

O enólogo Luís Silva dá a conhecer mais sobre cada pormenor do processo, sobre cada diferença e semelhança entre as várias ofertas de vinhos da adega. Este ano, à semelhança do que se passou em toda a Península de Setúbal, a colheita teve uma quebra de cerca de 30% devido à queima da uva com as altas temperaturas que se fizeram sentir.

No Moment’s in Nature, são apresentados os bungalows de madeira, onde se pode passar um agradável serão mesmo no centro da vinha. No Moment’s Lounge, há a possibilidade de degustação, para além da variedade de vinhos, de tábuas com queijo, enchidos, compota e, claro, uvas.

Todo o programa é pensado para que a experiência seja o mais imersiva possível, passando as uvas pelas próprias mãos de quem está presente. É feita uma colheita de vários cachos por cada participante que se queira aventurar, seguindo-se depois em direção à Adega de Palmela, onde o presidente Ângelo Machado faz a receção.

O presidente dá uma breve explicação das políticas de sustentabilidade e dos valores da sociedade fundada em 1955 – iniciou, no entanto, a atividade em 1958 – que tem atualmente cerca de 300 associados, que possuem uma área combinada de 1000 hectares. É dada também uma noção do processo de transformação da uva, das diferenças que existem dependendo da casta, e ainda do investimento na maquinaria adquirida.

  • adega de palmela
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Da colheita feita pelos visitantes, há ainda a possibilidade de colocar “as mãos na massa” – neste caso, os pés na uva. Quem quiser, pode fazer a pisa para ter a real sensação desta atividade que, no passar dos séculos, enquanto não existiu desenvolvimento industrial, era feita apenas desta forma.

Após a visita guiada pela adega, chega a altura de descer até à Cave de Barricas, onde estão os barris, ordenados conforme o envelhecimento. O vinho “mora” num sítio onde o ambiente está estrategicamente preparado para que a sua vida seja prolongada até ao tempo desejado. Há, ainda, um arquivo vivo, onde está cada uma das garrafas produzidas que saem para o mercado.

O almoço é servido com uma prova de vinhos comentada pelo enólogo Luís Silva. O prato de peixe, que foi Bacalhau à Brás, acompanhou-se com dois brancos e a proteína do lombinho com ameixa degustou-se com dois tintos. Para sobremesa, um Cheesecake de Frutos Vermelhos com um envelhecido vinho moscatel de 10 anos. E ainda, ao café, uma aguardante “rara” que a adega preserva e guarda para ocasiões especiais.

Da experiência, ficou a vontade de saber mais, com conhecimento adquirido ao longo da visita. A Adega de Palmela prima pela simplicidade, ao mesmo tempo que envolta complexos e variados sabores, aromas e contrastes. Cada prova deve ser feita com “mente aberta” e com a posterior perceção própria do paladar vínico que se sente a cada vinho saboreado.

A região de Palmela é rica em uva, vinha e vinho, e os visitantes da Adega de Palmela, neste programa de setembro, fazem um brinde pela partilha do saber do enoturismo da vindima.

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